domingo, 26 de abril de 2009

Razão de Ser

Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
Preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?

(Paulo Leminski)

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Notícias

::Estreia em 17 de abril "7, O Musical". Peça com a Zezé Motta no elenco.
::Estreia em maio o documentário "Ninguém sabe o duro que dei", com o
Wilson Simonal.
::2009 marca os 20 anos da morte de
Paulo Leminsk.
::Virada Cultural nos dias 2 e 3 de maio: Terá a participação de
Tom Zé. Ele também está no documentário "Fabricando Tom Zé", com imagens do cantor pela Europa.
::
Miriam Makeba que faleceu no ano passado falava uma das línguas khoisan ou coisã. São uma família lingüística, a menor das famílias de línguas africanas. A sua característica mais notória é o uso do clique como fonema.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Pessoas que admiro (base do Blog)

ZEZÉ MOTTA: Atriz, cantora e ativista das questões do negro. Fez a Chica da Silva no cinema, pela qual recebeu inúmeros premios. Fez excelentes participações na TV e parcerias musicais. Desta lista é uma das pessoas que tenho contato. Está preparando um novo álbum e um DVD para 2009.
FELA KUTI: Nigeriano, músico Afrobeat (fusão de jazz e funk), multi-instrumentista, compositor. Ativista político e dos direitos humanos. Sua mãe foi a primeira mulher nigeriana a dirigir um automóvel, e também foi uma feminista atuante no movimento anticolonial.
Faleceu em 1997.
ITAMAR ASSUNÇÃO: Compositor, cantor, instrumentista, fez parte da vanguarda paulista. Trabalhou e lançou muito artistas, como Suzana Salles e Arrigo Barnabé. Respeitado no cenário musical, recebe homenagens até hoje. Faleceu em 2003.

WHITNEY HOUSTON: Cantora, atriz, produtora e diva. Bateu vários recordes de vendagem. Veio de uma família totalmente musical. Mistura influências de cantoras do passado, como Aretha Franklin e Dionne Warwick com toques de artistas mais recentes como TLC e Beyonce. Uma das mais importantes artistas americanas. É a pessoa que admiro há mais tempo desta lista.

MIRIAM MAKEBA: Makeba começou a carreira em grupos vocais nos anos 50, interpretando uma mistura de blues americanos e ritmos tradicionais da África do Sul. No fim da década, apesar de vender bastantes discos no país, recebia muito pouco pelas gravações o que lhe despertou a vontade de emigrar para os Estados Unidos a fim de poder viver profissionalmente como cantora. O seu momento decisivo aconteceu em 1960, quando participou no documentário antiapartheid Come Back, Africa. Faleceu em 2008.
ELZA SOARES: Cantora, uma das mais importantes do Samba. Também participou em alguns filmes, recentimente do "Chega de Saudade". Foi mulher do Garrincha e faz muito show pelo Brasil e no exterior. Estive com ela uma vez.

WILSON SIMONAL: Cantor. Foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970. Simonal teve uma filha, Patricia, e dois filhos, também músicos: Wilson Simoninha e Max de Castro. Meu pai tem o apelido de Simonal. Vai sair agora em maio (2009), o documentário "Ninguém sabe o duro que dei". Faleceu em 2000.
TOM ZÉ: Cantor e compositor. Fez parte do Tropicalismo. Recentimente foi lançado o documentário "Fabricando Tom Zé", que mostra cenas de show pelo mundo. É um dos mais inovadores desta lista. Já assisti inúmeros shows e pequenas apresentações dele.
LÉA GARCIA: Atriz. Interpretou uma das vilãs mais importantes da televisão, a invejosa Rosa na telenovela Escrava Isaura (1976), de Gilberto Braga. Também é umas das personalidades que eu muito pesquiso.

CAROLINA DE JESUS: Catadora de papel que viveu na favela do Canindé (SP) e que transformou-se em escritora a partir da publicação, em 1960, do livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada”. Mesmo diante todas as mazelas, perdas e discriminações que sofreu em Sacramento (cidade de Minas Gerais onde nasceu), por ser negra e pobre, Carolina revela através de sua escritura a importância do testemunho como meio de denúncia sócio-política de uma cultura hegemônica que exclui aqueles que lhe são alteridade. Faleceu em 1977.
CLEMENTINA DE JESUS: Também conhecida como Rainha Ginga ou Quelé. Uma África que estava diluida em nossa cultura é evocada subitamente na voz e nos cânticos que Clementina aprendeu com sua mãe filha de escravos. Uma pessoa capaz de interromper um depoimento dado à televisão para discutir sobre o café com a moça que o servia. Um brilho especial nos olhos que cativou desde os mais humildes ao imperador Haile Selassié. Talvez por ter trabalhado tantos anos como empregada doméstica e ter começado a carreira artística aos 63 anos, descoberta pelo poeta Hermínio Bello de Carvalho, nunca tratava de forma diferente devido à posição social. Faleceu em 1987.
PAULO LEMINSKI: Escritor, poeta, tradutor e professor. O livro "Envio meu dicionário. Cartas e Alguma Crítica" é um excelente documento literário. Estou conhecendo mais de sua obra depois da leitura deste livro. Faleceu em 1989.

GLAUBER ROCHA: Cineasta, ator e escritor. Foi um dos maiores cineastas brasileiro. "Terra em Transe" e "Deus e o diabo na terra do sol" são seus filmes mais conhecidos. Em minhas aulas de cinema, a estética de seus filmes e o chamado cinema novo da qual liderou, são bastante discutidos. Faleceu em 1981.

GLAUCO MATTOSO: Escritor e poeta. Considerado marginal pelos temas usados em suas poesias. É um gande sonetista. Também tenho contato com ele, pois trabalhei na faculdade com o tema "A poesia Marginal de Glauco Mattoso" e ele me ajudou com material e algumas informações.

MARY J. BLIGE: Cantora, compositora e produtora de R&B, Pop e Soul. Fez excelentes duetos, entre eles com Whitney Houston, George Michael, Elton John, Usher, Ludacris, e um que gosto muito, "One" com U2. É uma artista completa que além de tudo participa de todos os shows filantrópicos ou tributo à artistas. Sua voz combina com tudo. Precisa visitar o Brasil.

WYCLEF JEAN: Rapper e produtor musical. É ativista das causas do Haiti e questões humanitárias. Foi membro do The Fugees ao lado de Lauryn Hill e Pras Michel. Também é um artista completo. Possue duetos com Shakira, Akon, Carlos Ponce entre outros. Junto com Whitney, gravou "My love is your love".

Obs: Nem todos os artistas citados aqui são considerados marginais. São artistas que admiro e que não ficam o tempo inteiro na mídia. E dos quais quero divulgar seus trabalhos de forma positiva.

Macaco e Marginal

Macaco no sentido lato, é a designação comum a todas as espécies de símios ou primatas antropóides, aplicada no Brasil, restritivamente, aos cebídeos (ou macacos do Novo Mundo) em geral. A maioria dos macacos vive em países quentes, alimentando-se de frutas e de sementes. São geralmente animais inteligentes, sociáveis. Os chamados grandes macacos (sentido lato), - chimpanzé, gorila, orangotango - são atualmente os animais mais próximos do homem, pertencentes à família dos hominídeos. É o único primata neotropical que frequentemente utiliza ferramentas em ambiente natural. As ferramentas mais comuns são pedras utilizadas para quebra de frutos encapsulados (cocos), também utilizam varetas para capturar larvas de insetos e mel de ocos de árvores, e pedras para cavar o solo em busca de raízes comestíveis. (Wk.)

Marginal palavra utilizada para xingar, ou para designar algumas avenidas que cortam a cidade de São Paulo. No linguajar comum, delinquente, indigente e mesmo qualquer representante de uma minoria discriminada. Palavra emprestada das ciências sociais, onde era apenas um termo técnico para especificar o indivíduo que vive entre duas culturas em conflito, ou que, tendo-se libertado de uma cultura, não se integrou de todo em outra, ficando à margem das duas. Na cultura brasileira refere-se a uma pessoa que por algum motivo não esteja inserida no convívio social, como os marginais (delinquentes e assaltantes, por exemplo, porque não respeitam as leis, abusam do direito de outros cidadãos, causam transtornos e prejudicam a sociedade). Há, ainda, um outro sentido para o vocábulo marginal quando ele remete a certo desprestígio socioeconômico e cultural (mendigos e pessoas que tem grande pobreza e escassez de recursos) que, muitas vezes, não têm seus direitos respeitados.Tratando-se de arte, toda obra, todo autor ou artista que não se enquadram nos padrões usuais de criação, apresentação ou veiculação seriam também marginais. (G. M.)